O projeto vencedor, idealizado pelo arquiteto Pablo Chakur da Opera Quatro, apresenta um complexo arquitetônico com construções de diferentes alturas interligadas por passarelas. O plano para o térreo inclui lojas e pátios, que, segundo avaliação do júri do IAB-SP, “é convidativo e favorece o ingresso e acolhimento dos pedestres”. Ademais, o estacionamento será concentrado em um único subsolo, com uma proposta que incentiva o uso do transporte público.
“Estamos muito felizes pelo resultado do concurso e acreditamos que este seja o primeiro passo para a transformação do bairro dos Campos Elíseos e do centro de São Paulo”, afirmou Chakur. “Nosso projeto busca, além de abrigar a sede do governo do Estado de São Paulo, deixar um legado para a cidade. Daqui a 50 anos, este complexo corporativo poderá ou não continuar sendo sede do governo, mas se ele impulsionou a revitalização daquela região, terá cumprido o seu propósito.”
O arquiteto destacou que a intenção do projeto é proporcionar espaços de usufruto para a população paulista. “Proponemos um projeto sem excessos, muito flexível e integrado com a paisagem local, que busca a diversidade, um dos parâmetros de fomento à urbanidade. O interior das quadras possui amplos espaços de fruição pública e áreas verdes para desfrute da comunidade local, caracterizando-se como uma ampliação da Praça Princesa Isabel. A sustentabilidade também foi um ponto importante contemplado em nossa proposta”, explicou Chakur.
O governo estadual, ao anunciar o interesse em transferir a sede do Palácio dos Bandeirantes para a região da Cracolândia, afirmou que o principal objetivo é revitalizar a área, aumentando o fluxo de pessoas e a sensação de segurança. Atualmente, a administração estadual está dispersa em cerca de 60 prédios na capital. A meta é consolidar todas as secretarias, autarquias e empresas públicas nesse novo complexo, que será erguido entre a Praça Princesa Isabel e o Palácio dos Campos Elíseos.
“Em 19 de setembro, conheceremos de fato o projeto vencedor. Este projeto será crucial, pois fornecerá os dados iniciais para o modelo econômico-financeiro. A partir daí, desenvolveremos esse modelo, estruturaremos a PPP, lançaremos a audiência pública e, em seguida, realizaremos o leilão da parceria público-privada”, concluiu o governador Tarcísio de Freitas na quarta-feira, 7.