Projeções do Focus apontam elevação na mediana do IPCA para 2024 e 2025, enquanto mercado acompanha o cenário de inflação no curto prazo.



A mediana das projeções para o IPCA de 2024 apresentou um aumento, passando de 4% para 4,05%, ultrapassando o centro da meta estabelecida em 3%. Já a mediana para o ano de 2025 permaneceu em 3,90%, interrompendo uma série de 11 altas consecutivas. No mês anterior, essa projeção era de 3,85%.

Com base nas 105 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o IPCA de 2024 subiu de 4,04% para 4,07%. Enquanto a estimativa intermediária para a inflação de 2025 também teve um aumento, passando de 3,88% para 3,96, considerando as 105 projeções atualizadas nesse período.

A partir do próximo ano, a meta de inflação será contínua e calculada com base no IPCA acumulado em 12 meses. Se a inflação ficar acima do teto ou abaixo do piso por seis meses consecutivos, considerar-se-á que o alvo foi perdido.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu que o centro da meta de inflação continuará em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Tanto o alvo quanto a banda de variação poderão ser modificados pelo colegiado, com base em uma proposta do ministro da Fazenda e com uma antecedência mínima de 36 meses para sua aplicação.

Olhando para horizontes mais distantes, a mediana das projeções para o IPCA de 2026 manteve-se em 3,60% pela sétima semana consecutiva. Enquanto a estimativa intermediária para 2027 permaneceu em 3,50% pela 55ª semana seguida.

De acordo com as projeções mais recentes do Banco Central, a inflação deverá atingir 4% este ano, caindo para 3,4% em 2025 e 3,2% em 2026, considerando o cenário de referência que inclui o dólar a R$ 5,30 e uma trajetória de juros conforme o Focus.

Em um cenário alternativo, no qual a taxa Selic se mantém em 10,5% até o final de 2025, o BC estima que a inflação seria de 4% este ano e 3,1% no próximo, apenas 0,1 ponto percentual acima do centro da meta.

Além disso, a mediana das projeções para a inflação suavizada dos próximos 12 meses aumentou de 3,68% para 3,74%, indicando uma tendência de alta. Essa medida ganhará importância com a regulamentação da meta de inflação contínua a partir de 2025, que considera a inflação acumulada em 12 meses.

No curto prazo, as projeções para o IPCA de julho, agosto e setembro também sofreram ajustes, com uma expectativa de alta da inflação conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Banco Central estima IPCA de 0,12% em julho, 0,07% em agosto e 0,21% em setembro, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

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