O relatório bimestral de despesas e receitas, divulgado em março, indicou um déficit primário de R$ 9,3 bilhões, equivalente a 0,1% do PIB. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sinalizou que o governo terá dificuldades em atingir a meta zero, principalmente por não querer realizar cortes em investimentos e obras.
O déficit nominal previsto para 2024 também foi revisto para cima, passando de 6,80% do PIB para 6,90%. Essa projeção considera não apenas as despesas e receitas do governo, mas também os gastos com juros da dívida pública. Já a estimativa para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada para 63,80%, mostrando um cenário de endividamento ainda elevado.
Para o ano de 2025, as projeções apontam para um déficit primário de 0,63% do PIB, acima do valor previsto anteriormente. O novo arcabouço fiscal aprovado em 2023 estabelecia uma meta de superávit primário de 0,5% do PIB para o próximo ano, mas o governo optou por alterar esse objetivo para zero no projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
O déficit nominal projetado para 2025 também foi revisado para cima, indicando uma maior pressão sobre as contas públicas. A dívida líquida do setor público deve se manter estável em relação ao PIB, em torno de 66,50%, evidenciando a necessidade de medidas para conter o endividamento do país.