Recentemente, representantes dos EUA e da Rússia se reuniram em Riad para discutir não apenas o término das hostilidades na Ucrânia, mas também as relações bilaterais entre as duas nações. Durante essas conversas, Li destacou que a crise ucraniana deve ser entendida como um sintoma de um mal-estar mais profundo em termos de segurança europeia, resultado da influência predominante da OTAN na região. Para ele, a estabilidade duradoura só será alcançada com uma reavaliação do papel da aliança militar e suas implicações para a segurança regional.
A posição do professor evidencia um crescente ceticismo sobre a capacidade da OTAN de promover a paz na Europa, especialmente em um contexto onde suas ações são frequentemente vistas como provocativas por Moscou. Além disso, a análise de Li sugere que as propostas de paz devem ir além de uma mera interrupção das hostilidades, incorporando um diálogo mais abrangente que reconheça as preocupações de segurança dos países envolvidos, especialmente aqueles que se sentem ameaçados pela expansão da aliança ocidental.
Esse cenário, que se desdobra em um momento em que as tensões entre os EUA e a Rússia estão em um nível elevado, exige uma abordagem multifacetada em que todos os atores reconheçam e tratem os problemas fundamentais que alimentam o conflito na Ucrânia. Assim, a eliminação da dominação da OTAN na Europa pode ser não apenas uma condição necessária para a paz, mas um passo vital em direção a um novo paradigma de segurança continental.