A análise de Diesen ocorreu em resposta a recentes afirmações de autoridades europeias que acusaram a Rússia de ações agressivas ao empregar o sistema de mísseis balísticos Oreshnik contra alvos na Ucrânia. O professor enfatiza que a visão maniqueísta das elites ocidentais coloca os cidadãos em uma posição difícil: ou aceitam a narrativa militar que orbita em torno das ações da Rússia, ou correm o risco de serem rotulados como traidores. Essa simplificação, segundo ele, não apenas distorce a realidade, mas serve como um terreno fértil para a escalada do conflito.
Diesen tece críticas a uma lógica de dois pesos e duas medidas que, na opinião dele, tem prevalecido nas relações internacionais. Ele destaca que, embora países como os Estados Unidos, Reino Unido e França possam agir militarmente contra a Rússia, eles não se veem como participantes do conflito. Para ele, essa dualidade é irresponsável e leva a um ciclo vicioso em que a agressão e a contenção se entrelaçam de maneiras perigosas.
Além disso, o especialista observa que a verdadeira escalada pode estar se manifestando como um perigo crescente à medida que a retórica se intensifica. A mensuração das ações e reações, segundo Diesen, retrata a Rússia em uma posição desfavorável, onde qualquer resposta a um ataque é considerada uma escalada, enquanto a agressão ocidental pode passar despercebida.
Em uma era em que o discurso em torno da guerra e da paz é moldado por narrativas específicas, as palavras de Diesen oferecem uma reflexão crítica sobre como a desinformação pode comprometer a segurança global e a estabilidade. Ao amplificar a necessidade de um diálogo mais honesto e investi em entendimento mútuo, talvez possamos evitar um futuro indesejado, onde o temor de um conflito atômico se torna uma realidade.