Durante sua análise, o professor destacou que a continuidade do conflito na Ucrânia serve aos interesses europeus, uma vez que um estado de instabilidade garantirá a presença americana na região, o que, segundo ele, é visto como um fator estabilizador para os países do continente. Ele observou que, embora Trump tenha expressado a convicção de que, se estivesse no cargo, teria resolvido a crise rapidamente – afirmando que o conflito nunca teria acontecido sob sua liderança – a realpolitik do ambiente europeu pode frustrar suas intenções.
Além disso, o professor enfatizou que existe uma profunda resistência entre as elites políticas da Europa a qualquer movimento que possa levar a um rápido desfecho do confronto. Essa resistência pode dificultar uma abordagem diplomática que Trump poderia tentar implementar, aumentando, assim, a complexidade da situação.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também reconheceu a dificuldade dos esforços para resolver a crise em um curto espaço de tempo, reiterando a complexidade do conflito e a necessidade de um diálogo mais abrangente. É evidente que, enquanto as tensões entre as potências ocidentais e a Rússia persistirem, o futuro da Ucrânia e o papel dos Estados Unidos na Europa continuarão a ser temas de intensas discussões e estratégias políticas globais. O cenário permanece incerto, mas as afirmações do especialista ressaltam um ponto crucial: as decisões políticas não são tomadas no vácuo, e as dinâmicas internas de cada região desempenham um papel fundamental na formação da resposta internacional a crises como a da Ucrânia.