Apesar do resultado ruim em julho, a indústria apresentou um crescimento de 3,2% na comparação entre janeiro e julho de 2024 e o mesmo período em 2023. A Fiesp destacou a continuidade do processo de recuperação dos grupos de bens de capital e bens de consumo duráveis. O primeiro grupo tem se beneficiado da recuperação da confiança empresarial e do aumento da capacidade instalada, enquanto o segundo é impulsionado pela expansão da renda das famílias.
A ampliação do crédito também favoreceu essas categorias, mas a Fiesp ressaltou que a manutenção dos juros em um patamar restritivo por um longo período pode pesar contra a continuidade do processo de recuperação da indústria de transformação.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria está 1,4% acima do nível pré-pandemia, mas ainda está 15,5% aquém do ponto mais alto da série histórica, alcançado em maio de 2011. Entre junho e julho, produtos alimentícios, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, indústrias extrativas e celulose, papel e produtos de papel foram os que mais influenciaram negativamente a produção industrial.
Por outro lado, setores como veículos automotores, produtos de metal, produtos químicos, máquinas e equipamentos, e confecção de artigos do vestuário e acessórios apresentaram avanços positivos em julho de 2024. As grandes categorias econômicas mostraram resultados distintos, com bens de consumo semi e não duráveis e bens intermediários apresentando queda na produção, enquanto bens de capital e bens de consumo duráveis registraram resultados positivos.
Em resumo, apesar da queda pontual em julho, a indústria de São Paulo permanece otimista com relação ao crescimento esperado para o ano de 2024, destacando os avanços em diferentes setores e categorias econômicas.