Questionado pela imprensa sobre sua ausência, Da Ponte preferiu não comentar os motivos que o levaram a não prestigiar a posse de seu adversário. Vale ressaltar que Da Ponte ficou em segundo lugar na lista tríplice enviada ao governador Tarcísio de Freitas, que decidiu escolher Paulo Sérgio, o terceiro mais votado nas eleições internas do MP-SP.
A disputa pela procuradoria-geral de Justiça foi acirrada, especialmente após a saída de Mario Sarrubbo, que concorreu sem oposição em 2022 e deixou o cargo para assumir uma posição no Ministério da Justiça. Sarrubbo apoiou a candidatura de Paulo Sérgio, o que gerou certo desconforto entre os procuradores.
Esta não é a primeira vez que Da Ponte é preterido no momento da indicação para o cargo de procurador-geral. Em 2020, mesmo sendo o mais votado nas eleições internas, acabou sendo preterido em favor de Sarrubbo. Já em 2022, abriu mão da candidatura por não acreditar que seria a escolha do ex-vice-governador Rodrigo Garcia.
Paulo Sérgio contou com o apoio de figuras influentes, como Gilberto Kassab, secretário de Governo, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Em seu discurso de posse, o novo procurador-geral fez questão de mencionar a importância da participação de todos os candidatos no processo eleitoral, ressaltando a necessidade de administrar de forma coletiva após as eleições.
No entanto, a eleição deixou mágoas entre os candidatos preteridos, como o procurador José Carlos Cosenzo, que expressou sua decepção em um grupo de WhatsApp. O clima de insatisfação e divisão fica evidente, mostrando que a chegada de Paulo Sérgio ao cargo de procurador-geral de Justiça do MP-SP não foi unanimidade entre os membros da instituição.