O governo venezuelano alega que os detidos incluíam “mercenários e militares” do Peru, Colômbia, Estados Unidos e Venezuela, e que pretendiam criar caos e comoção no país, além de assassinar líderes políticos e militares. O presidente Maduro atribuiu a responsabilidade do suposto plano aos serviços de inteligência dos EUA, grupos de narcotraficantes colombianos, e à chamada “ultradireita”, referindo-se à oposição venezuelana.
A operação, segundo as autoridades, teria como data planejada a noite de Ano Novo, sob a coordenação do ex-militar Ángelo Heredia, que já havia sido preso em 2019 por traição à pátria. Sebastiana Barráez, que cobre informações militares há décadas, e Tamara Suju, que reside na República Tcheca desde 2014, são acusadas de participação no suposto ataque.
A Venezuela tem sido palco de tensões políticas e prisões de dissidentes, apesar do governo ter retomado o diálogo com a comunidade internacional para buscar uma saída pacífica para o conflito político. Há relatos de novas prisões nos últimos meses, com mais de 200 pessoas detidas por motivos políticos.
Enquanto alguns presos políticos foram libertados, o governo de Maduro também implementou a chamada “fúria bolivariana”, uma organização cívico-militar-policial para enfrentar qualquer tentativa terrorista e golpista. Defensores dos direitos humanos veem a prisão dos ativistas e dissidentes como parte de uma estratégia de intimidação por parte do governo.
Apesar da retomada do diálogo, a situação política na Venezuela permanece complexa, com o governo mantendo um firme controle e reprimindo a dissidência. A prisão dos ativistas, jornalistas e militares no exílio ressalta a tensão e o embate político que continua a assolar o país.