Processo movido por sambista brasileiro contra Adele por plágio de música de Martinho da Vila aguarda andamento na Justiça do Rio



No decorrer de 2021, um processo envolvendo o renomado sambista Toninho Geraes e a reconhecida cantora britânica Adele foi iniciado. A acusação se baseia na canção “Million years ago”, presente no álbum “25” de Adele, alegando ser um plágio da composição “Mulheres”, imortalizada na voz de Martinho da Vila e criada por Geraes. O trâmite legal teve início em fevereiro deste ano e, depois de passar por algumas varas empresariais do Rio de Janeiro, o caso agora aguarda a citação das partes e o avanço do processo.

Toninho Geraes, conhecido por sucessos interpretados por nomes como Agepê, Zeca Pagodinho e Diogo Nogueira, pediu uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais a Adele, ao produtor do disco e às gravadoras envolvidas. Além disso, os direitos autorais relacionados à música também estão em discussão, com a necessidade de calcular os lucros obtidos com a obra de Adele.

O músico, que é natural de Belo Horizonte e vive no Rio de Janeiro, tentou inicialmente resolver a questão de forma extrajudicial, mas sem sucesso. A ação alega semelhanças em 88 compassos entre as músicas, além de trechos específicos que reforçam a acusação de plágio. Apesar da tentativa de mover o processo nos Estados Unidos e em Londres, a decisão pela Justiça carioca foi tomada devido aos custos elevados de acionar as partes no exterior.

O desenrolar do caso indica uma possível resolução em um prazo de até um ano, agilizado pela quantidade de provas acumuladas. O advogado de Geraes acredita que a sentença poderá ser emitida em breve, seguida pela fase de cálculo dos danos financeiros. Por outro lado, o sambista enfatiza que seu objetivo não é o dinheiro, mas sim garantir o reconhecimento de sua autoria e a originalidade de sua obra.

Em meio a esta polêmica, também foi noticiado um desentendimento anterior envolvendo uma versão feminista de “Mulheres” e as autoras responsáveis por adaptar a letra. Esta controvérsia demonstra a complexidade dos direitos autorais na música e as tensões que podem surgir em torno das interpretações e releituras de composições consagradas.

Até o momento, as gravadoras envolvidas não se pronunciaram publicamente sobre o caso, e a expectativa é de que o desfecho judicial possa esclarecer as questões levantadas e garantir a integridade artística e legal dos envolvidos.

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