O julgamento aconteceu na Câmara de Vereadores de Padre Bernardo, devido a reformas no prédio do fórum, mas logo apresentou desafios. A falta de estrutura adequada no local, incluindo equipamentos eletrônicos, cela e salas especiais, levou a um impasse sobre as condições do julgamento. A situação piorou quando os jurados foram informados de que teriam que pernoitar em uma escola pública, o que gerou insatisfação no conselho de sentença.
A polêmica se intensificou quando a defesa propôs pagar a hospedagem dos jurados em um hotel, porém, descobriu-se que os valores foram provenientes das contas de um advogado com ligações políticas na região. Isso levou o juiz a dissolver o conselho de sentença e adiar o julgamento para o dia 27 de março, a fim de evitar qualquer quebra de imparcialidade.
Além disso, a ligação da família do acusado com a política local chamou a atenção. Os ex-prefeitos de Mimoso de Goiás, pais do réu, têm influência na região e ocupam cargos importantes no município. O atual prefeito é primo do acusado, o que levanta questões sobre possíveis interferências no caso.
A defesa do acusado alegou problemas técnicos durante o julgamento, como quedas de energia e falhas nos equipamentos de áudio e vídeo, como justificativa para solicitar a dissolução do conselho de sentença. A administração de Mimoso de Goiás se pronunciou afirmando que não há envolvimento direto da prefeitura no caso, mas confirmou o parentesco entre o réu e o prefeito.
Enquanto as investigações e o processo judicial continuam, a população local aguarda por respostas e esclarecimentos sobre o desenrolar desse caso delicado. A justiça deve prevalecer, e a transparência é fundamental para garantir a imparcialidade e a equidade no desfecho deste julgamento controverso.