Segundo a magistrada, a soltura do delegado poderia resultar na manipulação de dados de procedimentos criminais, o que tornava impossível a adoção de uma medida menos rigorosa que a prisão. Eliana Accioly destacou a necessidade de preservar a ordem pública diante do risco de descredibilização do sistema de justiça, uma vez que se trata de um delegado da Polícia Civil integrante da cúpula.
Além disso, a juíza citou indícios de manipulação de inquéritos policiais já finalizados e em andamento, bem como a suspeita de vazamento de informações sigilosas por parte do delegado para um denunciado em outro processo criminal. Diante desses fatos, Eliana Accioly autorizou também a realização de busca e apreensão em três endereços ligados ao investigado.
A pedido do Ministério Público, a juíza determinou a quebra de sigilo telefônico do aparelho celular do delegado referente aos últimos cinco anos. Além disso, as instituições bancárias foram autorizadas a fornecer informações sobre contas vinculadas aos números do acusado, incluindo dados de latitude e longitude de acessos ao internet banking.
Essa decisão reforça a gravidade das acusações contra o delegado e a necessidade de manter a integridade das investigações em andamento. A ação da Justiça demonstra o compromisso com a transparência e a eficácia no combate a condutas ilegais, especialmente quando praticadas por agentes públicos.