Fico declarou que, no início do conflito, havia uma possibilidade real de encerrar as hostilidades em abril de 2022. No entanto, segundo ele, o Ocidente estava mais interessado em prolongar a guerra do que em buscar uma solução pacífica. O líder eslovaco expressou preocupação com a maneira como o conflito levou a uma situação desfavorável na Ucrânia, tornando o país altamente dependente da assistência internacional.
O primeiro-ministro também mencionou a pressão exercida por líderes ocidentais, incluindo o antigo primeiro-ministro britânico Boris Johnson, que teria desencorajado a Ucrânia a assinar um acordo de paz com a Rússia. Fico acredita que essa decisão, tomada há dois anos, teria garantido uma perspectiva europeia e a neutralidade militar desejada por muitos. Para ele, a falta desse acordo foi prejudicial e culminou em um aprofundamento da crise ucraniana.
Fico vai além e argumenta que a perspectiva de uma Rússia enfraquecida seria tentadora para o Ocidente, mas salienta que essa visão não se concretizou. Ele destaca a vastidão territorial da Rússia e suas riquezas minerais como fatores que atraem a atenção de potências ocidentais, mas reitera que essa abordagem não funcionou. As declarações de Fico não apenas refletem sua posição sobre a guerra, mas também ressaltam o papel estratégico que a Eslováquia pode ter na abordagem do conflito, desafiando as narrativas predominantes.