Presidente Lula permaneceu quase seis meses registrado pelo PL no sistema de filiação do TSE, indica apuração da Corte



O presidente Lula permaneceu quase seis meses registrado pelo PL no sistema de filiação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de acordo com informações coletadas pela Secretaria de Tecnologia da Informação da Corte. Após ser notificado pelo GLOBO, os técnicos do TSE buscaram determinar o momento exato em que o registro foi feito.

De acordo com o log do sistema Filia, a inclusão ocorreu em 17 de julho de 2023, às 9h43m. A mudança foi realizada em nome da advogada Ana Daniela Leite e Aguiar, que presta serviços ao PL, porém há suspeitas de que a operação tenha sido realizada por outra pessoa. O PL divulgou uma nota da empresa contratada para consolidar essas informações, a Idatha, que afirmou que todo o fluxo de qualquer filiação é registrado no sistema e que os lançamentos estão disponíveis para averiguação das autoridades competentes.

A empresa se colocou à disposição das autoridades para contribuir com o que for necessário e informou que o procedimento de registro de filiações é comum a todos os partidos. O ministro Alexandre de Moraes encaminhou as informações sobre o caso para a Polícia Federal para apuração dos indícios de crime de inserção de dados falsos em sistema eleitoral. Além disso, o presidente da Corte retomou formalmente o laço entre Lula e o PT e cancelou o login responsável pela inclusão da informação falsa no sistema da Corte.

Segundo o TSE, o sistema de filiação partidária é realizado entre o eleitor e os partidos públicos. Apenas uma senha é fornecida para os administradores dos partidos, que podem criar outras senhas para dirigentes estaduais ou municipais. O sistema recusa a filiação em caso de eventual erro no registro de dados cadastrais do filiado, como número do título de eleitor ou data de nascimento incorretos.

Diariamente, o sistema Filia faz um processamento dos registros inseridos e, se não houver erros, converte as filiações para o registro oficial, ou seja, para o conjunto de filiados da base oficial do sistema. Este caso levanta preocupações sobre a segurança e veracidade das informações registradas no sistema de filiação do TSE, bem como a necessidade de medidas para garantir a integridade dos processos de filiação partidária. A Polícia Federal será responsável por investigar o possível crime de inserção de dados falsos em sistema eleitoral e, esperamos, esclarecer completamente o ocorrido.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo