Outro tema esperado da conversa seria a aprovação, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, de uma resolução que visa estabelecer “pausas humanitárias” para o ingresso de caminhões com mantimentos em Gaza, bem como a saída de estrangeiros que estão na zona de conflito entre Israel e o grupo extremista palestino Hamas. Como membro não permanente do colegiado, o Brasil tem acompanhado de perto essas questões.
De acordo com interlocutores da área diplomática, há uma demanda de mais de 60 pessoas que pedem para entrar em uma segunda lista de brasileiros e palestinos parentes de brasileiros. Lula busca flexibilizar as regras para permitir o ingresso no país, incluindo cidadãos em graus de parentesco a partir do segundo grau, como irmãos.
No entanto, as regras para a saída de estrangeiros da zona de conflito não são estabelecidas pelo Brasil, o que requer conversas com autoridades israelenses, egípcias e palestinas para entender as condições exigidas.
Internamente, a previsão é de que essa segunda fase pode ser demorada, levando pelo menos duas semanas se Israel não atender à resolução aprovada pelas Nações Unidas na última quarta-feira.
Além disso, a saída de brasileiros e parentes de Gaza trará desafios significativos, incluindo a falta de documentação e vínculos limitados com o Brasil.
No dia anterior, Lula criticou a atuação de Israel em Gaza, afirmando que a “atitude” do país com mulheres e crianças era “igual a terrorismo”. Ele também chamou os ataques do Hamas de terroristas, mas condenou a resposta militar de Israel.
Com todas essas complexidades em jogo, a situação na região continua a demandar atenção e esforços diplomáticos para buscar soluções humanitárias e apaziguar o conflito entre os grupos em disputa. A conversa entre Lula e Herzog representa mais um capítulo nesse contexto desafiador.