Em uma manifestação por meio das redes sociais, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou Lula de ultrapassar os limites ao banalizar o Holocausto, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou ter ordenado que o embaixador do Brasil em Israel seja convocado para uma reprimenda diante das palavras do presidente brasileiro. Até o momento, ainda não houve nenhuma comunicação oficial ao embaixador Frederico Meyer a respeito dessa convocação.
Além das autoridades israelenses, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) também expressou seu repúdio às declarações de Lula, classificando-as como uma “distorção perversa da realidade” que ofende a memória das vítimas do Holocausto e seus descendentes. A Conib também destacou que Israel está se defendendo de um grupo terrorista e listou uma série de atrocidades cometidas por esse grupo.
Essa não é a primeira vez que Lula se envolve em controvérsias relacionadas à questão palestina e israelense. Em janeiro, o apoio do Brasil à ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) já havia causado desconforto em Israel. Além disso, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, tem sido alvo de críticas e enfrenta uma relação tensa com o governo brasileiro.
As recentes declarações de Lula reacenderam as tensões entre Brasil e Israel, e o governo brasileiro, por sua vez, está avaliando a situação antes de emitir qualquer manifestação oficial. A conturbada relação entre os dois países, marcada por discordâncias políticas em relação à situação no Oriente Médio, segue desafiando os esforços diplomáticos para a manutenção de um diálogo construtivo e pacífico.