Presidente Lula alega limitações para aumento da participação feminina em cargos de comando devido às indicações partidárias sem mulheres.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou nesta sexta-feira a questão da diminuição da presença de mulheres em cargos de comando, afirmando que não pode fazer nada quando um partido não indica uma mulher para determinada posição. Tal declaração ocorreu em meio à entrada de partidos do Centrão no governo, o que tem gerado críticas ao presidente.

Nos últimos meses, Lula tomou decisões que resultaram na substituição de mulheres por homens em alguns ministérios. Em julho, a então ministra do Turismo, Daniela Carneiro, foi substituída pelo deputado Celso Sabino, do partido União-PA. Em setembro, Ana Moser foi demitida do Ministério dos Esportes e substituída por André Fufuca, deputado federal pelo PP-MA. Recentemente, o presidente também substituiu Rita Serrano por Carlos Vieira na presidência da Caixa.

Diante das críticas, Lula explicou que, em certa ocasião, já solicitou a um partido político que indicasse uma mulher, sem mencionar o contexto específico. Ele também afirmou que tem interesse em aumentar a participação feminina na política e no governo.

“Eu quero fortalecer no governo a ideia de que a mulher chegou na política para ficar. Então você pode ter certeza que ainda vai ter mais mulher no governo e em outros cargos, porque é uma disposição política minha fazer isso. Quando um partido político quer indicar uma pessoa e ele não tem mulher, eu não posso fazer nada”, declarou Lula durante um café da manhã com jornalistas.

O presidente ainda destacou que é possível trocar muitas pessoas em seu governo, ressaltando que ainda está no início de seu mandato e que possui a liberdade de substituir homens por mulheres, caso necessário.

“Na minha relação com um partido político, nem sempre esse partido tem uma mulher para indicar. Mas isso não quer dizer que eu não possa, no governo, tirar homem e colocar mulher. Eu ainda posso trocar muita gente, eu só estou com 10 meses de mandato”, afirmou Lula.

Dessa forma, Lula reconhece a cobrança e se posiciona favorável à presença feminina na política, reafirmando seu compromisso em fortalecer a representatividade das mulheres no governo brasileiro.

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