A decisão dos deputados franceses de derrubarem o governo de Barnier por 331 votos a favor foi um golpe significativo para o premiê, que passou apenas 91 dias no cargo. A moção de censura contou com o apoio de parlamentares de esquerda e extrema direita, evidenciando a insatisfação generalizada com o governo.
Emmanuel Macron, agora enfraquecido politicamente, fará um discurso solene nesta quinta, às 20h, dirigindo-se ao povo francês. A presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet, pediu ao presidente que nomeie rapidamente um novo primeiro-ministro para restabelecer a estabilidade no país.
A censura do governo foi considerada um “fracasso coletivo” por Braun-Pivet, que enfatizou a necessidade de construir juntos o que é necessário para o país. Ela também solicitou que Macron inclua todos os líderes partidários em suas consultas, incluindo membros da extrema direita, sem necessariamente negociar com eles.
Com a breve passagem de Barnier pelo cargo de primeiro-ministro, seu governo se tornou o mais curto desde a Quinta República francesa, iniciada em 1958. Macron, segundo fontes, estaria disposto a nomear um novo primeiro-ministro rapidamente, mas ainda não há uma decisão final sobre o assunto.
Diante desse cenário político conturbado, a França aguarda ansiosamente por novidades e pela nomeação de um novo líder para conduzir o país em meio às incertezas e desafios que se apresentam.
