A carta foi proposta pela ONG Educafro, cujo diretor-executivo, Frei David, se reuniu com Dantas nesta segunda-feira. No encontro, estavam presentes 30 mulheres e homens negros, formados advogados com o auxílio da organização.
Durante a reunião, foram discutidas demandas como a criação de um “orçamento sensível à equidade racial” e a implementação de políticas de cotas, entre outras questões. A Educafro tem feito um circuito por cortes do país para buscar apoio e fiscalizar as políticas de cotas raciais, além de combater a evasão dos jovens que entram em universidades públicas.
Este foi o último encontro do grupo, que já foi recebido pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e por Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Frei David, um dos nomes que tem cobrado Lula pela indicação de uma ministra negra para a vaga no STF, afirmou nas redes sociais que o presidente deve escolher alguém que não seja um homem, destacando a importância da representatividade.
No entanto, o presidente Lula já afirmou que gênero ou cor não serão critérios para a escolha. Além de Bruno Dantas, outros nomes cotados para a vaga no Supremo são o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Após a reunião, Bruno Dantas agradeceu à Educafro e ressaltou a importância de promover a equidade internamente no TCU e na administração pública, destacando a necessidade de ouvir e defender postulações legítimas.
A nomeação para a vaga no STF será anunciada por Lula no momento oportuno, mas, segundo ele, gênero ou cor não serão critérios para a escolha. A indicação tem gerado debates e pressões por representatividade racial e de gênero na mais alta corte do país.