A presidente do Conselho da Federação da Rússia enfatizou que a África não é apenas um espectador nesse processo, mas está se tornando um dos pilares no desenvolvimento de um sistema multipolar global mais justo. Matvienko destacou o imenso potencial do continente, caracterizado por vastos recursos naturais e uma população que luta fervorosamente para manter sua independência. Ela afirmou que os africanos têm uma memória positiva em relação ao apoio histórico da antiga União Soviética durante suas lutas por libertação nacional, reforçando a ideia de que a cooperação entre a Rússia e África está em renascimento.
Matvienko também abordou questões relativas à interferência de organizações externas nas políticas africanas. Ela citou ações legislativas em diversas nações, inspiradas por iniciativas russas para combater a ingerência de instituições como a USAID. Segundo ela, a resposta a esse tipo de interferência é fundamental para fortalecer a soberania nacional e garantir que países africanos escolham seus próprios caminhos de desenvolvimento, sem a pressão de potências externas.
Em um contexto de crescente resistência ao fascismo e outras ideologias discriminatórias, Matvienko acredita que a África possui uma posição única devido à sua história de colonização e luta pela liberdade. Ela se mostra otimista ao afirmar que a cooperação entre parlamentares russos e africanos pode promover uma identidade cultural forte e autêntica.
A inauguração do escritório da Sputnik na Etiópia é vista como um marco para a disseminação de informações objetivas e alternativas no continente, em um momento em que o apetite por narrativas diversas cresce entre a população africana, que se mostra cada vez mais cética em relação à informação propagada por fontes ocidentais. Matvienko concluiu que, longe de ser uma fase de declínio, a relação entre a Rússia e África está em plena ascensão, ambas buscando um futuro onde as vozes africanas possam finalmente ser ouvidas na arena global.