Presidente do Senado condena uso político da Abin e denuncia ato criminoso de espionagem ilegal no governo Bolsonaro.



O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, se pronunciou publicamente nesta quinta-feira (11) sobre o uso político da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pelo governo Bolsonaro. A declaração veio após a mídia divulgar o suposto envolvimento da Abin em práticas ilegais investigadas pela Operação Última Milha, que apura desde 2023 a utilização indevida de sistemas da agência para espionar autoridades e opositores políticos.

Em sua nota, Pacheco condenou veementemente a contaminação da Abin por interesses político-partidários, destacando que utilizar os recursos estatais para espionar e perseguir parlamentares legalmente eleitos é um ato criminoso que coloca em risco não apenas a instituição, mas também a democracia e a soberania do país. O presidente do Congresso Nacional enfatizou a gravidade da situação e a necessidade de investigação e punição dos responsáveis.

A suspeita de espionagem ilegal na Abin durante o governo Bolsonaro também atingiu membros da CPI da Pandemia, como os senadores Omar Aziz, Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros. A Polícia Federal revelou que servidores da agência teriam disseminado desinformação contra esses parlamentares, o que foi duramente repudiado pelos senadores. Randolfe Rodrigues comparou o episódio a práticas de governos ditatoriais, ressaltando a importância de proteger a democracia e garantir a punição dos envolvidos.

Além dos senadores da CPI da Pandemia, outros políticos e figuras públicas foram alvo da suposta espionagem da Abin, como o senador Alessandro Vieira e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, bem como ministros do Supremo Tribunal Federal, servidores e jornalistas. A investigação em andamento busca esclarecer as circunstâncias e responsabilidades nesse grave crime contra as instituições democráticas do Brasil.

A operação deflagrada pela Polícia Federal resultou na prisão de cinco pessoas e na realização de busca e apreensão em sete locais. O caso segue em andamento, com a expectativa de que a justiça seja feita e os culpados sejam responsabilizados. Esta situação revela a importância de preservar a integridade das instituições públicas e combater práticas autoritárias que ameacem a democracia e o Estado de Direito.

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