Presidente do Senado afirma: Não haverá reforma tributária sem condições fiscais, após anúncio de pacote de ajuste fiscal



O pacote de ajuste fiscal anunciado pelo governo federal causou uma disparada do dólar durante o pregão desta sexta-feira, levantando preocupações sobre as condições fiscais do país. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, emitiu uma nota informando que não haverá reforma tributária da renda sem a garantia de condições fiscais adequadas.

Pacheco ressaltou que a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, embora seja um desejo de todos, não é uma prioridade no momento e só será possível se o país tiver capacidade financeira para isso. Ele destacou a importância do país crescer e gerar riqueza sem aumentar os impostos para viabilizar essa e outras medidas fiscais.

Além disso, o presidente do Senado comentou as propostas de corte de gastos, que visam reduzir despesas significativamente nos próximos anos. Ele enfatizou a necessidade do Congresso apoiar essas medidas, mesmo que não sejam populares, e sugeriu que outras iniciativas podem ser apresentadas para fortalecer a responsabilidade fiscal do país.

Durante um evento em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o pacto de cortes de gastos não é uma solução mágica e que as despesas serão reavaliadas se necessário. Ele ressaltou a importância do apoio do Congresso, do Banco Central e de toda a sociedade para superar o desequilíbrio fiscal dos últimos anos.

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, também se pronunciou sobre o pacote econômico, destacando a importância da responsabilidade fiscal e afirmando que os deputados estão dispostos a colaborar com as medidas de ajuste fiscal. Ele ressaltou que qualquer iniciativa que envolva renúncia de receitas será analisada no próximo ano.

Após atingir R$ 6,11 durante o dia, o dólar comercial encerrou o pregão cotado a R$ 6, com alta de 0,19%. A repercussão do pacote de ajuste fiscal promete dominar as discussões políticas e econômicas nas próximas semanas, à medida que o governo busca recuperar a estabilidade financeira do país.

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