Presidente do Peru, Dina Boluarte, enfrenta interrogatório sobre relógios de luxo em meio a ameaça de destituição do cargo.

A presidente do Peru, Dina Boluarte, enfrentará perguntas na próxima sexta-feira, 5, sobre a posse de três relógios de luxo, conforme anunciado por seus advogados nesta terça-feira, 2. A decisão vem após a recente reorganização de seu gabinete, em meio a alegações de enriquecimento ilícito que abalam sua presidência.

A mudança ministerial ocorreu um dia depois que parlamentares apresentaram um pedido ao Parlamento para destituir Boluarte do cargo devido a “incapacidade moral permanente”. O pedido foi feito após a polícia realizar uma busca em sua residência em busca dos relógios, como parte de uma investigação em andamento.

O escritório de advocacia Mateo Castañeda, representante legal de Boluarte, informou por meio do antigo Twitter que a Procuradoria-Geral não concedeu o pedido de adiar o interrogatório da presidente.

Na segunda-feira, Boluarte anunciou a nomeação de novos ministros do Interior, Educação, Mulheres, Agricultura, Produção e Comércio Exterior. Essa medida foi tomada em meio à queda significativa de popularidade de seu governo.

A presidente está sendo investigada por supostamente adquirir uma coleção de relógios de luxo não divulgada desde sua posse como vice-presidente e ministra da inclusão social em 2021 e posteriormente como presidente em 2022. Ela não declarou os três relógios em seu formulário de declaração de bens obrigatória e nega as alegações de enriquecimento ilícito.

O pedido de destituição apresentado pelos legisladores baseia-se nessa investigação, juntamente com questões como o aumento da criminalidade em todo o país. Diversos partidos políticos, incluindo o Peru Libre, ao qual Boluarte pertencia, subscreveram o pedido.

Os legisladores pretendem analisar o pedido na quinta-feira, sendo necessário o apoio de 52 votos para que o Parlamento aceite e inicie o debate. Para a remoção de Boluarte, são necessários 87 votos no Parlamento unicameral de 130 assentos, e até o momento cinco partidos, com um total de 54 votos, expressaram apoio à presidente após o início da operação policial em sua residência.

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