Em declaração à imprensa, Sheinbaum pressionou os EUA a intensificarem os esforços para deter o tráfico de entorpecentes e armamentos, que têm impacto direto na segurança do México. A presidente ressaltou a necessidade de uma colaboração bilateral mais efetiva, que vá além do intercâmbio de informações de inteligência.
Além disso, Sheinbaum mencionou a presença do crime organizado nos Estados Unidos, indicando que indivíduos norte-americanos também estão envolvidos em atividades ilícitas no México. Ela alertou sobre o tráfico do opioide sintético fentanil, que tem causado um alto número de mortes por overdose nos EUA.
A líder mexicana destacou a importância de enfrentar o problema das drogas e armas de forma conjunta, enfatizando a responsabilidade compartilhada entre os dois países. Ela criticou a postura do presidente dos EUA, Donald Trump, que rotulou as facções criminosas mexicanas como “organizações terroristas estrangeiras”.
Sheinbaum também citou o recente acordo entre México e EUA para adiar a imposição de tarifas às exportações mexicanas, enfatizando o compromisso de reforçar a segurança na fronteira. O governo mexicano moveu uma ação judicial contra fabricantes de armas dos EUA, responsabilizando-os por negligência no comércio ilegal de armas para o México.
Com base em relatórios do governo norte-americano, a chancelaria mexicana revelou que cerca de 200 mil armas dos EUA são traficadas ilegalmente para o México a cada ano. A questão das drogas e armamentos ilícitos na fronteira entre os dois países permanece como um desafio complexo, que requer uma abordagem multilateral e cooperação efetiva para ser enfrentado adequadamente.