Presidente do Equador declara estado de emergência em cinco províncias costeiras devido ao aumento das hostilidades do crime organizado.

O Equador vive um momento de tensão e violência, com o presidente Daniel Noboa declarando estado de emergência em cinco províncias costeiras do país. A medida foi adotada devido ao aumento das hostilidades promovidas pelo crime organizado, que tem espalhado o terror nas ruas.

Segundo o presidente, a declaração de emergência é necessária para realizar operações de combate tático contra grupos armados organizados nas províncias de El Oro, Guayas, Los Ríos, Manabí e Santa Elena. O decreto publicado no site da Presidência suspendeu o direito à inviolabilidade do domicílio nessas regiões, permitindo às Forças Armadas e à polícia realizar inspeções e buscas com o objetivo de capturar pessoas ligadas a esses grupos criminosos.

Noboa, que já havia declarado o país em conflito interno, considera as gangues criminosas como terroristas e relacionadas ao tráfico de drogas. Esta situação levou o presidente a deslocar as Forças Armadas para atuar nas prisões, locais que são considerados centros de operações do crime organizado e já foram palco de massacres que resultaram na morte de centenas de detentos.

Para fortalecer sua luta contra o crime, o presidente realizou uma consulta popular em abril, na qual os equatorianos aprovaram medidas como a extradição de compatriotas envolvidos em crimes, o aumento das penas para delitos ligados ao crime organizado e o uso de armas apreendidas em operações pela força pública.

A situação no Equador se tornou preocupante nos últimos anos, com um aumento significativo da taxa de homicídios no país, que atingiu um recorde em 2023. O Equador, localizado entre Colômbia e Peru, tornou-se um importante corredor para o tráfico de drogas, em uma região dominada por gangues ligadas ao narcotráfico.

Diante desse cenário de violência e caos, o estado de emergência nas cinco províncias será prorrogado por mais 60 dias, enquanto o governo equatoriano busca soluções para enfrentar o crime organizado e restabelecer a segurança no país.

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