Durante um evento realizado na cidade de Guarujá, no litoral de São Paulo, Ometto afirmou que o atual arcabouço fiscal permite que o governo aumente os gastos à medida que a receita cresce, ao invés de focar na redução do endividamento e na diminuição dos custos dos empréstimos. Para ele, essa estrutura fiscal prejudica aqueles que trabalham de forma eficiente e que geram empregos e produção, transferindo recursos para o poder executivo que não os utiliza de forma eficaz.
Ometto também criticou a forma como a Reforma Tributária foi aprovada, com concessões sendo feitas para a arrecadação de mais receitas pelo governo. Além disso, ele ressaltou que a incerteza jurídica enfrentada pelas instituições brasileiras tem contribuído para encarecer o dinheiro no país.
Para o presidente do conselho da Cosan, se o governo conseguisse organizar a questão fiscal e controlar as diversas mudanças que têm sido propostas, as taxas de juros poderiam cair de forma mais sustentável, possibilitando assim o crescimento e desenvolvimento econômico do Brasil. Nesse sentido, Ometto destacou a importância de uma maior estabilidade e previsibilidade no ambiente econômico para atrair investimentos e impulsionar a economia do país.