“Pessoalmente, penso que se vir esse tipo de indivíduos no Burundi, deveríamos colocá-los todos em um estádio e apedrejá-los. E não seria pecado para aqueles que o fazem”, afirmou o presidente. Suas declarações refletem o tradicionalismo cristão que permeia o país e que se reflete em leis severas que reprimem a homossexualidade desde 2009, impondo penas de mais de dois anos de prisão para pessoas que mantenham relações consensuais com indivíduos do mesmo sexo.
Além disso, Ndayishimiye classificou a homossexualidade como uma “prática abominável” e criticou os países ocidentais que frequentemente denunciam a hostilidade sofrida pela comunidade gay na África. Sua retórica dura e condenatória em relação à orientação sexual de indivíduos reflete um posicionamento conservador e intolerante que tem gerado controvérsia e críticas por parte de defensores dos direitos humanos ao redor do mundo.
As declarações do presidente do Burundi reacendem o debate sobre a discriminação e o preconceito enfrentados pela comunidade LGBTQ+ em países africanos, e ressaltam a urgência de lutar contra leis e atitudes que violam os direitos humanos fundamentais. A liberdade de orientação sexual e identidade de gênero são direitos universais que devem ser respeitados e protegidos, independentemente de opiniões pessoais ou crenças religiosas.
Diante do contexto de repressão e discriminação enfrentado pela comunidade LGBTQ+ no Burundi e em outros países africanos, é fundamental que a comunidade internacional e as organizações de direitos humanos continuem a pressionar por mudanças e a defender a inclusão, diversidade e igualdade para todos. A luta pelos direitos LGBTQ+ é uma luta por justiça e dignidade humana, e todos devem se unir nesse propósito.