Segundo José Carlos Lyra, o cenário exposto por Alban tem impacto direto em Alagoas, um estado cuja economia é fortemente apoiada no setor industrial e no agronegócio. Ele destacou a indústria de transformação como motor de geração de empregos e desenvolvimento, ressaltando a necessidade de políticas coordenadas que combinem responsabilidade fiscal e incentivos estratégicos para garantir o crescimento contínuo desse setor.
Além disso, o presidente da Fiea enfatizou a urgência de uma política econômica que estabilize o câmbio e reduza as taxas de juros, elementos essenciais para a competitividade da indústria local. O dólar em alta encarece insumos importados, afetando diretamente setores como a indústria química e de alimentos em Alagoas, enquanto os juros elevados desestimulam investimentos produtivos que poderiam impulsionar a geração de empregos e oportunidades no estado.
José Carlos Lyra ressaltou a importância do “pacto nacional” proposto pela CNI, que busca alinhar os poderes e as esferas de governo em prol da previsibilidade e confiança no ambiente econômico. Ele enfatizou a adesão a regras claras de responsabilidade fiscal combinadas com estímulos seletivos como uma forma de destravar o potencial industrial de estados como Alagoas.
Por fim, o presidente da Fiea frisou a necessidade de Alagoas se posicionar ativamente no debate nacional sobre políticas econômicas, destacando a importância do fortalecimento da indústria para reduzir desigualdades sociais e melhorar a qualidade de vida da população. Ele expressou confiança na capacidade da indústria alagoana de desempenhar um papel de destaque na promoção do crescimento econômico, desde que as condições adequadas sejam garantidas para sua expansão e inovação. Em meio às incertezas para 2025, Lyra acredita que a indústria local está preparada para contribuir positivamente com o novo ciclo de crescimento, desde que haja ações imediatas e coordenadas nesse sentido.
