Presidente da Câmara, Hugo Motta é citado em desvio de recursos de obras na Paraíba em decisão da Justiça Federal.



Em uma decisão recente da Justiça Federal da Paraíba, três indivíduos foram condenados por participação em desvios de recursos de obras no interior do estado. O destaque da sentença recai sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do partido Republicano da Paraíba. Segundo a decisão proferida no dia 27 de fevereiro, o ex-prefeito de Malta, Manoel Benedito de Lucena Filho, conhecido como “Nael”, seu filho e um empresário do ramo da construção foram os alvos da condenação devido ao envolvimento em desvio de recursos públicos em um contrato para recapeamento de ruas na cidade paraibana.

De acordo com o depoimento de José Aloysio Machado da Costa Neto, anexado à sentença, o empresário afirmou que o deputado Hugo Motta teria cobrado uma comissão de 10% sobre o valor do contrato para destinar emendas parlamentares. A obra em questão, custeada em parte com a emenda do presidente da Câmara, foi realizada pela empresa Sóconstroi, da qual o empresário era ligado. O depoimento revela que o prefeito de Malta teria ficado descontente com a cobrança, alegando que o município já enfrentava dificuldades financeiras.

Além disso, outras investigações envolvendo emendas de Hugo Motta surgiram, como na operação Desumanidade em 2015 e na operação Outline em 2024. Ambas investigações apontam para desvios de recursos em obras públicas que contaram com emendas do deputado. A decisão atual do juiz Thiago Batista de Ataíde, derivada da operação Desumanidade, cita um depoimento do empresário que afirma que Hugo Motta teria cobrado 10% para destinar uma emenda para a pavimentação asfáltica de ruas em Malta.

Apesar das acusações, tanto Manoel quanto seu filho negam qualquer participação em atos criminosos e alegam que o processo licitatório transcorreu normalmente. Procurado para comentar sobre o caso, o deputado Hugo Motta não se pronunciou até o momento. Este desdobramento na justiça paraibana coloca em destaque mais um episódio de corrupção no cenário político brasileiro, reforçando a necessidade de investigações e punições rigorosas para coibir práticas ilícitas no uso de recursos públicos.

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