De acordo com o depoimento de José Aloysio Machado da Costa Neto, anexado à sentença, o empresário afirmou que o deputado Hugo Motta teria cobrado uma comissão de 10% sobre o valor do contrato para destinar emendas parlamentares. A obra em questão, custeada em parte com a emenda do presidente da Câmara, foi realizada pela empresa Sóconstroi, da qual o empresário era ligado. O depoimento revela que o prefeito de Malta teria ficado descontente com a cobrança, alegando que o município já enfrentava dificuldades financeiras.
Além disso, outras investigações envolvendo emendas de Hugo Motta surgiram, como na operação Desumanidade em 2015 e na operação Outline em 2024. Ambas investigações apontam para desvios de recursos em obras públicas que contaram com emendas do deputado. A decisão atual do juiz Thiago Batista de Ataíde, derivada da operação Desumanidade, cita um depoimento do empresário que afirma que Hugo Motta teria cobrado 10% para destinar uma emenda para a pavimentação asfáltica de ruas em Malta.
Apesar das acusações, tanto Manoel quanto seu filho negam qualquer participação em atos criminosos e alegam que o processo licitatório transcorreu normalmente. Procurado para comentar sobre o caso, o deputado Hugo Motta não se pronunciou até o momento. Este desdobramento na justiça paraibana coloca em destaque mais um episódio de corrupção no cenário político brasileiro, reforçando a necessidade de investigações e punições rigorosas para coibir práticas ilícitas no uso de recursos públicos.