A PEC em questão tem gerado controvérsias e ações judiciais contrárias à sua tramitação, apresentadas pelos deputados Paulo Pereira da Silva e Pastor Henrique Vieira. Eles argumentam que a proposta é inconstitucional, pois poderia afetar cláusulas pétreas da Constituição brasileira. No entanto, o presidente Arthur Lira ressaltou que a PEC busca racionalizar o exercício de medidas cautelares e decisões monocráticas, promovendo maior previsibilidade e transparência na atuação judicial.
Para Lira, a PEC 8/21 é fundamental para garantir o equilíbrio entre os Poderes, sem prejudicar o controle de constitucionalidade exercido pelo STF. Ele destaca que a proposta fortalece o princípio da colegialidade, assegurando que decisões de impacto sejam avaliadas pelo plenário da Corte. Além disso, o presidente enfatiza a importância do respeito à tramitação legislativa e do processo legislativo autônomo e livre de interferências.
Um dos pontos centrais da proposta, conforme destacado por Arthur Lira, é a estabelecer parâmetros para que o STF possa se manifestar de forma ágil e eficaz sobre questões de grande relevância. Ao fixar um prazo de seis meses para o julgamento do mérito de decisões cautelares e sua inclusão automática na pauta após esse período, a PEC visa combater a perpetuação de decisões provisórias que geram insegurança jurídica.
Portanto, a defesa do presidente da Câmara dos Deputados pela aprovação da PEC que limita as decisões monocráticas dos ministros do STF e de outros tribunais superiores ressalta a importância do debate sobre a independência dos Poderes e a busca por maior transparência e eficiência na atuação do Judiciário.