Essa declaração de Arce vem após Evo Morales convocar manifestações no país em protesto contra a escassez de combustíveis na Bolívia. Segundo o presidente boliviano, Morales estaria tentando desestabilizar o país para antecipar novas eleições e assim conseguir se candidatar novamente.
A relação entre Arce e Morales já estava abalada nos últimos anos, principalmente após Arce ter sido expulso do Movimento ao Socialismo (MAS), partido político de Morales, em 2023. Essa expulsão ocorreu depois que Arce se recusou a participar do congresso do partido que confirmou Morales como candidato nas primárias presidenciais para 2025.
Vale ressaltar que Evo Morales foi impedido pelo Tribunal Constitucional Plurinacional da Bolívia de concorrer à Presidência em 2025, o que pode ter contribuído para a tensão entre ele e Arce.
Além disso, a Bolívia enfrentou recentemente uma tentativa de golpe em junho, quando o ex-comandante do Exército, general Juan José Zúñiga, tentou invadir a sede do governo. As forças de Arce conseguiram impedir a ação e Zúñiga, depois de preso, acusou o presidente atual de orquestrar o episódio para aumentar sua popularidade visando as eleições de 2025.
Essa situação política delicada na Bolívia tem gerado preocupação na comunidade internacional, pois alguns setores temem o surgimento de conflitos internos e uma instabilidade que prejudique a democracia e a economia do país. A relação conturbada e os atritos entre Luis Arce e Evo Morales continuam a desafiar a estabilidade política boliviana.