Segundo um relatório preliminar da Autoridade Eleitoral Independente da Argélia (ANIE), a participação nas eleições foi de 48% dos eleitores, sendo que Tebboune era considerado o favorito. No entanto, esse número foi posteriormente revisado para 5,6 milhões de votos, de um total de cerca de 24 milhões de eleitores no país, o que representa menos de um quarto da população apta a votar.
Diante da controvérsia em torno dos números, a oposição levantou suspeitas de irregularidades e contestou os resultados divulgados pela ANIE. Em um gesto sem precedentes, Tebboune assinou uma declaração conjunta com seus concorrentes, Abdelali Hassani Cherif e Yocef Aouchiche, questionando a veracidade dos dados apresentados.
Até o momento, não está claro qual será o desfecho dessa contestação e qual o significado da decisão de Tebboune em questionar sua própria vitória. A incerteza paira sobre o futuro político da Argélia, diante dessa situação inédita e imprevisível.
É importante ressaltar que a atitude de Tebboune marca um capítulo controverso na história política do país e levanta questões sobre a transparência do processo eleitoral e a legitimidade do governo. O país africano segue em meio a uma crise política e social, com uma população dividida e insatisfeita com os rumos da nação.
Dessa forma, a situação na Argélia continua incerta e gerando especulações sobre os próximos passos a serem tomados no cenário político do país. A contestação da própria vitória por parte do presidente reeleito abre margem para uma série de desdobramentos e questionamentos, que devem ser acompanhados de perto nos próximos dias.