Dentre os metais encontrados, destacam-se o cádmio, chumbo e arsênio, presentes em concentrações consideráveis. Surpreendentemente, o mercúrio e o cromo não foram detectados em quantidades significativas, enquanto o cálcio e o zinco se mostraram mais presentes quando comparados aos demais metais analisados.
Contudo, o resultado mais alarmante da pesquisa foi a presença de chumbo em todos os absorventes testados. O chumbo, ao ser absorvido pela corrente sanguínea, pode se acumular nos ossos, substituindo o cálcio e permanecendo no organismo por longos períodos. Mesmo em níveis baixos, o chumbo pode causar efeitos tóxicos na saúde, afetando o sistema neurológico, renal, reprodutivo, imunológico, cardiovascular e o desenvolvimento.
Diante dessas descobertas preocupantes, os pesquisadores enfatizam a necessidade de realização de estudos complementares para confirmar os resultados obtidos. Além disso, defendem a implementação de regulamentações mais rígidas na fabricação de absorventes internos, visando assegurar a segurança e saúde das usuárias.
O estudo, que foi publicado na renomada revista científica Environment International, levanta questões importantes sobre a composição e segurança dos produtos de higiene feminina amplamente utilizados. Com a disseminação dessas informações, espera-se que medidas sejam tomadas para garantir a qualidade e a saúde das mulheres que utilizam absorventes internos durante o ciclo menstrual.