A saga começou no dia 11 de novembro, quando a criança foi levada à UPA apresentando sintomas de febre e vômito. Após ser medicada, a menina foi liberada, mas retornou para casa com uma aparente paralisia na perna esquerda. O pai da criança, em seu relato, expressou sua indignação com a situação. “Ela estava só com febre e vomitando. Aplicaram uma injeção nela, e ela ficou com a perna esquerda sem mexer”, afirmou.
Em busca de respostas, o pai retornou à UPA em 19 de novembro para obter orientações, mas foi informado negando qualquer ligação entre a injeção e a paralisia observada. Insatisfeito e ainda preocupado, ele levou a filha a Maceió, onde no HGE, após quatro dias de observação, o neurologista confirmou que a lesão no nervo ciático foi, de fato, decorrente da aplicação da injeção.
Diante da gravidade da situação, a Direção da UPA de Arapiraca anunciou a abertura de um processo administrativo para investigar o ocorrido. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), responsável pela administração da UPA, detalhou que uma comissão foi formada para apurar o caso. A comissão se comprometeu a ouvir a equipe médica envolvida no atendimento, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório.
O caso, cercado de incertezas, ainda não teve desfecho definido, principalmente no que diz respeito à reversibilidade da paralisia da criança. O episódio destaca a importância de uma investigação minuciosa que não apenas esclareça as circunstâncias do erro, mas também evite que situações similares voltem a acontecer, promovendo maior diligência e segurança nos atendimentos médicos em unidades de saúde pública.