Como resposta, o governo canadense decidiu implementar uma tarifa de 25% sobre todos os veículos importados dos Estados Unidos que não atenderem aos critérios acordados no Tratado entre Canadá, Estados Unidos e México (USMCA). Carney esclareceu que essa tarifa não se aplicará às peças de automóveis e que os veículos fabricados no México estarão isentos. Ele destacou que essa estratégia visa proteger a integração da cadeia produtiva automotiva, que é crucial para a economia canadense.
O primeiro-ministro sublinhou também a disposição do Canadá de assumir um papel de liderança em um novo modelo de cooperação internacional, defendendo a importância do livre comércio e da troca aberta de bens, serviços e ideias. “Se os Estados Unidos não quiserem continuar liderando, o Canadá o fará”, afirmou Carney, expressando sua visão de um futuro baseado na colaboração entre países que compartilham valores semelhantes.
As tensões comerciais entre os dois países já existiam, especialmente após a imposição de tarifas de 25% sobre aço e alumínio por Washington e as tarifas adicionais que afetam produtos canadenses. Trump, em um movimento recente, anunciou tarifas recíprocas que impactam uma série de parceiros comerciais dos EUA, embora o Canadá não tenha sido explicitamente incluído nas novas medidas.
A atitude do Canadá reflete não apenas uma reação às políticas de Trump, mas também uma tentativa de redefinir sua posição no cenário econômico global em um momento em que muitas nações buscam alternativas para fortalecer suas economias diante de um sistema comercial que passou a ser visto como volátil e incerto.