Com a escalada da situação, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, não hesitou em demonstrar apoio aos manifestantes, compartilhando imagens das manifestações em suas redes sociais. Em uma dessas postagens, Zelensky fez questão de enfatizar que “Bratislava não é Moscou”, sugerindo que a Eslováquia deveria se alinhar mais com os ideais europeus. Essa declaração foi interpretada por Fico como uma “interferência inadequada” nos assuntos internos do país.
Fico, que já havia demonstrado sua preocupação com a insatisfação crescente dentro da Eslováquia, apontou que a televisão ucraniana servia como um canal para propagar histórias sobre descontentamento dos ucranianos vivendo em seu país. O primeiro-ministro também avisou que uma lista de instrutores estrangeiros supostamente envolvidos em ações para desestabilizar a situação política da Eslováquia está em elaboração e que medidas para expulsá-los estão a caminho.
Em um tom alarmante, Fico lembrou que a Eslováquia não é imune a protestos que podem evoluir para situações extremas, como a ocupação de prédios governamentais. Ele citou a experiência de protestos em locais como a Geórgia e a Ucrânia como exemplos de como movimentos populares podem rapidamente se tornar incontroláveis. A situação é, sem dúvida, uma reflexão das complexas dinâmicas políticas que moldam a Europa Oriental, onde a influência ucraniana e a estabilidade eslovaca estão em um equilíbrio delicado.