A magnitude da operação é refletida na abrangência geográfica das investigações, que aconteceram simultaneamente no Distrito Federal e em 12 cidades distribuídas por oito estados diferentes. Durante a ofensiva, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, refletindo a complexidade e o alcance da suposta rede criminosa. Em Palmas, Porto Nacional e Santa Maria do Tocantins, no estado do Tocantins, assim como em Alagoas, as autoridades centraram suas ações em empresas que são agora acusadas de estarem envolvidas nas fraudes.
O modus operandi da organização, segundo as investigações, envolvia a criação de empresas de fachada. Essas empresas falsamente emitiam notas fiscais, permitindo a realização de um esquema abrangente de sonegação de tributos, com foco na manipulação dos créditos tributários do ICMS. A destreza e a complexidade do esquema foram tais que as operações fraudulentas passaram por mecanismos financeiros sofisticados capazes de iludir a fiscalização usual.
Além do cumprimento dos mandados de busca, a operação judiciária obteve permissão para quebrar o sigilo de dados eletrônicos dos principais suspeitos. Isso inclui a apreensão e análise de celulares e computadores para recolher provas robustas que possam corroborar as alegações judiciais previstas no processo investigativo.
A operação Vastum não foi um esforço isolado; ela contou com a colaboração da Receita Estadual e da Polícia Civil, alavancando núcleos especializados em crimes financeiros e computação forense. Essa parceria inclui a cooperação com diversos GAECOs de outros estados como Alagoas, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Goiás e Distrito Federal. Esta rede de colaboração mostra o empenho das autoridades em promover uma ação coletiva nacional para combater o avanço do crime organizado, sinalizando para a sociedade a importância de manter a integridade e transparência nas práticas comerciais.