No entanto, a medida não foi bem recebida por ativistas e membros do movimento Craco Resiste, que compararam o muro a um ‘campo de concentração’. Para eles, a construção do muro tem o propósito de limitar os usuários da Cracolândia a um espaço determinado, além de cobrir a visão de quem passa nas ruas laterais. Além disso, denunciaram que foram impedidos de realizar uma ação de natal no local, o que gerou ainda mais polêmica em torno da iniciativa da Prefeitura.
A decisão de erguer o muro na Cracolândia levantou debates acalorados sobre a forma como as autoridades estão lidando com a questão do uso de drogas na cidade de São Paulo. Enquanto alguns defendem a medida como uma forma de garantir a segurança e o bem-estar dos usuários, outros criticam a abordagem adotada, apontando para a falta de diálogo e de políticas públicas efetivas para lidar com o problema.
Diante desse cenário, o muro na Cracolândia se tornou não apenas uma barreira física, mas também um símbolo das divergências e desafios enfrentados pela gestão municipal na busca por soluções para a questão das drogas na cidade. A construção do muro levanta questões sobre a eficácia das medidas adotadas e coloca em evidência a necessidade de um debate mais amplo e participativo sobre o tema.