Prefeitura de São Vicente cancela Carnaval de rua por falta de segurança na Baixada Santista

A Prefeitura de São Vicente, localizada na Baixada Santista, tomou a decisão de cancelar o tradicional Carnaval de rua que aconteceria na cidade devido à preocupação com a segurança pública. A medida foi anunciada por meio da Portaria 2 de 2024, publicada em edição extra do Boletim Oficial do Município na noite da última sexta-feira, dia 9 de fevereiro.

O secretário de Turismo da cidade, Paulo Bonavides, e o secretário executivo, Mário Santana Neto, assinaram a portaria que determina o adiamento dos eventos carnavalescos das bandas e blocos de rua na cidade de São Vicente. O texto da portaria ressalta a importância da preservação e integridade dos foliões e organizadores dos eventos, especialmente diante dos últimos acontecimentos relacionados à segurança pública na região da Baixada Santista.

Uma das questões que levaram à decisão foi a nova fase da Operação Escudo da polícia de São Paulo, lançada após a morte do policial militar da Rota Samuel Wesley Cosmo em Santos, no início de fevereiro. A Operação Escudo resultou em 14 mortes de civis até o momento, o que gerou grande preocupação nas autoridades locais e nacionais.

Além disso, um incidente registrado na última sexta-feira, 9, também influenciou a decisão da prefeitura. Um policial militar atirou duas vezes à queima-roupa em um homem desarmado no bairro Bitaru, em São Vicente, e o caso foi gravado por moradores locais. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) abriu uma investigação para apurar o incidente e destacou que a ação do policial não estava relacionada à Operação Escudo.

A preocupação com as violações de direitos humanos na região também foi manifestada pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que expressou a preocupação do governo federal diante dos relatos recebidos pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos sobre as violações durante a Operação Escudo.

Diante desse cenário, a decisão de cancelar o Carnaval de rua em São Vicente reflete a preocupação com a segurança pública e a preservação da integridade dos cidadãos, e torna-se uma medida preventiva enquanto as autoridades competentes buscam soluções para garantir o direito de todos os cidadãos à diversão em um ambiente seguro e tranquilo.

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