A proposta de inserir policiais militares aposentados como monitores nas escolas públicas é criticada por especialistas em educação, que questionam a falta de estudos que comprovem uma melhora nos indicadores educacionais através da militarização das redes escolares.
Na capital paulista, o prefeito Ricardo Nunes confirmou o interesse em adotar o programa na rede municipal logo após a aprovação da lei na Assembleia Legislativa de São Paulo. A Secretaria Municipal de Educação aguarda a regulamentação da lei para iniciar as consultas públicas necessárias antes da implementação do modelo.
Itaquaquecetuba, Ferraz de Vasconcelos e Guarulhos também estão incluídas no plano de militarização das escolas. As gestões dessas cidades manifestaram interesse em instalar unidades cívico-militares, com consultas à comunidade escolar para validar a mudança.
No entanto, a proposta enfrenta impasses jurídicos. Uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal questiona a legalidade do programa, que chegou a ser suspenso no estado de São Paulo após uma decisão judicial favorável ao Sindicato dos Professores. O ministro Gilmar Mendes liberou a implantação do projeto enquanto aguarda o julgamento final sobre o tema.
Apesar da controvérsia, os prefeitos eleitos da região metropolitana de São Paulo seguem avaliando a possibilidade de aderir ao modelo de escola cívico-militar, sem uma decisão definitiva demonstrada até o momento. A questão continua gerando debates e dividindo opiniões no cenário educacional do estado.