Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 14, o prefeito afirmou que a prefeitura vai contestar a decisão e dar continuidade à obra. Segundo Nunes, todas as ações estão sendo realizadas de acordo com a legislação e as compensações ambientais necessárias. Ele ressaltou a importância da obra para melhorar o trânsito na região, o que acarretaria em benefícios ambientais, como a redução da emissão de dióxido de carbono.
A decisão judicial foi reforçada pela suspensão das obras em resposta a um recurso apresentado pelo deputado estadual Eduardo Suplicy e pela vereadora Luna Zarattini, juntamente com a associação de moradores da comunidade Souza Lopes. O desembargador responsável pelo caso argumentou que a área onde os túneis estão sendo construídos é uma Área de Preservação Permanente (APP) devido à presença de uma nascente natural e do córrego Embuaçu na região.
A obra, que prevê a remoção de 172 árvores, tem sido alvo de críticas e protestos por parte dos moradores locais e ativistas ambientais. A comunidade da Rua Sousa Ramos, que seria impactada pela construção dos túneis, possui um histórico de ocupação de aproximadamente 75 anos e estava em processo de regularização fundiária desde 2016.
O Ministério Público de São Paulo também está investigando a obra, com três inquéritos em andamento. As investigações abrangem possíveis irregularidades no contrato, derrubada de árvores e impactos ambientais, bem como a realocação adequada da população afetada.
Apesar dos obstáculos legais, a prefeitura e a construtora Álya, responsável pela obra, ainda não se manifestaram sobre a decisão judicial mais recente. A polêmica em torno dos túneis na Vila Mariana continua gerando debates e gerando preocupações entre os envolvidos.
