O anúncio foi feito em um ato em frente à Prefeitura, onde Nunes informou que a nova medida será uma nova categoria dentro do Programa Pode Entrar Entidades, que já prevê outras modalidades, como o Executivo municipal comprar moradias construídas pela iniciativa privada.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o prefeito informou que há diversas associações e movimentos por moradia que não apoiam Boulos, destacando que “essas entidades que são ligadas a ele fazem muito barulho, têm muita repercussão na imprensa porque tem invasão”. A declaração parece mostrar uma tentativa de desvincular o seu apoio aos movimentos populares por moradia da associação com Boulos e do MTST.
O ato foi promovido pela Associação dos Trabalhadores Sem Terra de São Paulo (ATST) e recebeu o nome de “Moradia Sim, Invasão Não”, evidenciando a oposição entre Nunes e a ATST a Boulos e ao MTST, que costumam recorrer à invasão de prédios e terrenos como uma tática para ter as reivindicações atendidas pelo poder público.
Além disso, o prefeito aproveitou a ocasião para falar sobre a discussão sobre quem será seu candidato a vice na chapa à reeleição, afirmando que ficará para o próximo ano, e que a questão estava atrapalhando sua rotina na Prefeitura.
Já Boulos, que se reuniu com líderes religiosos na Lapa e participou de uma plenária no bairro Butantã, não se manifestou sobre os últimos acontecimentos até a noite de sábado. Ao todo, o deputado federal pretende visitar todas as 32 subprefeituras da cidade até o fim do ano. A disputa promete esquentar ainda mais nos próximos meses.