As chuvas que caíram na sexta-feira foram surpreendentes, acumulando um total de 125,4 milímetros, o que corresponde a praticamente metade da média esperada para todo o mês. Esse volume de precipitação foi o terceiro maior já registrado na história da cidade. O impacto das chuvas foi severo, resultando em alagamentos que afetaram inclusive o funcionamento de estações de metrô na Zona Norte. Entre os afetados, o artista Rodolpho Tamanini Netto, residente na região de Pinheiros, relatou que a enxurrada invadiu sua casa após um carro ser arrastado pela correnteza e atingir o portão do imóvel. Este incidente foi registrado como a 15ª morte em decorrência da Operação Chuvas 2024/2025, de acordo com informações da Defesa Civil.
O prefeito Nunes mencionou que o município tem investido em melhorias na drenagem, canalização de córregos e contenção de encostas, assegurando que essas intervenções ajudaram a minimizar os impactos dasChuvas, embora reconheça que ainda há muito trabalho a ser feito nessa área. Para a primeira vez, a Defesa Civil do estado ativou um “alerta severo” via celular, adiantando-se ao potencial risco das chuvas. Esse evento climático deixou 33 mil imóveis sem energia na região metropolitana.
Numa coincidência de eventos, enquanto o prefeito proferia seu discurso, o centro da cidade era palco de protestos promovidos pelo Movimento Passe Livre (MPL) e outros grupos, que reivindicavam tarifa zero para o transporte público. Até o final do dia, cerca de 13.943 imóveis na capital e 20.729 na região metropolitana, incluindo cidades como Santo André, Osasco e Embu das Artes, ainda enfrentavam quedas no fornecimento elétrico, que a concessionária Enel atribuiu a danos causados por rajadas de vento fortes nas redes elétricas. As equipes estavam mobilizadas para retomar a normalidade no fornecimento de energia.