No entanto, logo após o ocorrido, Carlos Gonçalves se pronunciou publicamente negando as acusações e classificando o episódio como uma tentativa de golpe. Segundo ele, o documento apresentado na sessão é falso e ele adotará medidas judiciais para responsabilizar os envolvidos. Em nota oficial, Gonçalves afirmou que não renunciou ao seu mandato e que jamais o faria. Ele já havia alertado o Judiciário e o Ministério Público sobre tentativas anteriores de falsificação de sua assinatura.
Diante desse impasse, a pergunta que paira sobre a cidade de Rio Largo é: quem é o prefeito neste momento? Juristas indicam a legitimidade da posse de Rogério da Silva, presidente da Câmara Municipal, como prefeito interino, mas ressaltam que a decisão final cabe à Justiça. De acordo com especialistas em Direito Constitucional, a presunção de legitimidade e a validade jurídica dos atos praticados devem ser mantidas até que haja comprovação formal de vício ou falsidade nas renúncias.
Enquanto o prefeito eleito defende sua posição e denuncia um golpe, o presidente interino da Câmara mantém-se no cargo de chefe do Executivo. O caso já foi encaminhado à Procuradoria-Geral de Justiça e ao Ministério Público Estadual, e a situação deve ser judicializada. Até o momento, não há uma decisão oficial da Justiça sobre a legalidade da renúncia ou sobre quem realmente ocupa o cargo de prefeito de Rio Largo.
Com os ânimos exaltados e as posições divergentes, a instabilidade política persiste na cidade, que aguarda um desfecho jurídico para trazer segurança institucional e administrativa. A população e as autoridades locais acompanham de perto os desdobramentos desse episódio que tem gerado repercussão e incerteza no município.