De acordo com a decisão do juiz, Naçoitan terá que usar tornozeleira eletrônica e se apresentar à Justiça com frequência. Além disso, está proibido de se aproximar ou manter contato com a ex-mulher e familiares. Antes de sua prisão, o município de Iporá estava sob o comando da vice-prefeita Maysa Cunha, do PP.
A soltura de Naçoitan e a celebração de seu retorno ao cargo geraram revolta, principalmente entre as mulheres. A vereadora de Goiânia Aava Santiago (PSDB-GO) expressou indignação com a recepção calorosa ao prefeito, afirmando que a vida das mulheres vale pouco em Goiás. Segundo ela, o fato de o prefeito ter atirado 15 vezes contra a ex-mulher e ainda ser recebido com festa mostra o descaso com a vida e a segurança das mulheres no país.
As imagens das câmeras de segurança da casa da ex-esposa de Naçoitan capturaram o momento em que ele derrubou o portão da residência com sua caminhonete. De acordo com a vítima, o prefeito teria disparado uma série de tiros na porta de seu quarto, com o intuito de matá-la por não aceitar o término do relacionamento. Os disparos foram efetuados com uma pistola 9mm. A mulher e o namorado conseguiram se esconder e saíram ilesos. A Polícia Civil investiga o caso como tentativa de feminicídio e também tentativa de homicídio contra o homem.
Além da acusação de agressão contra sua ex-mulher, Naçoitan acumula outras denúncias criminais. Em abril do ano passado, ele foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás por incitação ao crime, após sugerir, por meio do aplicativo WhatsApp, ataques contra militantes e simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT). Em outra ocasião, ele sugeriu a eliminação de Alexandre de Moraes e Lula em um vídeo, o que resultou em sua suspensão pelo União Brasil.
Todas essas polêmicas envolvendo o político geraram intensas discussões na esfera política e na sociedade, evidenciando a importância de investigações apropriadas e julgamentos justos.
