Prefeito de cidade no interior da Paraíba aumenta patrimônio em 36 vezes durante mandato; casos semelhantes no Nordeste.



O município de Mogeiro, localizado no interior da Paraíba, tem chamado a atenção pelo aumento surpreendente no patrimônio do prefeito Antonio Ferreira, do PL, que busca a reeleição. Com uma população de menos de 14 mil habitantes, a discrepância entre o que ele declarou à Justiça Eleitoral em 2020 e em 2024 é impressionante. Durante seu último mandato, Ferreira viu seu patrimônio crescer em 36 vezes, passando de R$ 202,6 mil para R$ 7,4 milhões em bens, um aumento de 3.555,15%.

Esses dados foram revelados por um levantamento realizado pela Agência Tatu em parceria com o Intercept Brasil, que evidencia a significativa evolução patrimonial de alguns prefeitos nordestinos. O fenômeno é mais comum em gestores de cidades pequenas, com PIB abaixo da média nacional. Um dos poucos exemplos em uma capital é o prefeito de Recife, João Campos, do PSB, cujo acréscimo em seu patrimônio é justificado pela herança deixada por seu pai, o saudoso Eduardo Campos, vítima de um acidente de avião em 2014.

Esse cenário coloca em evidência a necessidade de maior transparência e fiscalização em relação às declarações de bens dos gestores públicos. A discrepância nos números levanta questionamentos sobre a origem desses aumentos patrimoniais, especialmente em locais com baixo índice de desenvolvimento econômico, como é o caso de Mogeiro.

Diante dessas revelações, torna-se fundamental que a sociedade e os órgãos competentes estejam atentos para garantir a integridade e a lisura no exercício do poder público. A transparência e a prestação de contas são pilares essenciais para a manutenção da confiança da população nas instituições democráticas.

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