Preços das carnes sobem 5,81% em outubro, maior alta desde novembro de 2020, impactando inflação e estourando meta em 12 meses.



No mês de outubro, os preços das carnes no Brasil registraram um avanço significativo de 5,81% em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta variação representou a maior alta mensal desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54%.

O impacto dessa elevação de preços foi mais percebido no grupo de Alimentação e bebidas, que teve um aumento de 1,06% no mês de outubro. A alta dos preços das carnes contribuiu com 0,14 ponto percentual no índice geral de inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Os cortes de carne que mais se destacaram foram o acém, com aumento de 9,09%, a costela com 7,40%, o contrafilé com 6,07% e a alcatra com 5,79%. Segundo o diretor da pesquisa, André Almeira, essa elevação nos preços pode ser explicada pela menor oferta dos produtos devido ao clima seco, redução na quantidade de animais abatidos e pelo alto volume de exportações.

Além das carnes, outros alimentos que também registraram aumento nos preços em outubro foram o tomate, com alta de 9,82%, e o café moído, com aumento de 4,01%. Por outro lado, produtos como manga, mamão e cebola apresentaram queda nos preços.

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu a marca de 4,76%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%. No ano, o índice acumulado é de 3,88%, superando a meta de 3% estabelecida para esse período.

Economistas já vinham projetando que a inflação poderia ultrapassar o teto da meta, com expectativas de que o índice chegasse a 4,59% até o final de 2024, conforme apontado pelo relatório Focus mais recente. Diante desse cenário, o crescimento dos preços das carnes e de outros alimentos se torna um fator relevante a ser acompanhado de perto pelos consumidores e pelo mercado.

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