O aumento no preço da gasolina ao fim de agosto, que chegou a R$ 5,88 por litro, foi resultado de um aumento de 16,3% no preço praticado nas refinarias da Petrobras a partir de 16 de agosto. Desde então, a redução gradual no preço das bombas tem sido atribuída a ajustes concorrenciais do varejo, redução de 4% no preço das refinarias da Petrobras em 21 de outubro, e quedas nos preços do etanol anidro, que compõe 27,5% da mistura da gasolina comum.
O preço do etanol anidro, por sua vez, tem contribuído para manter o preço da gasolina estável. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq-USP), o preço médio do insumo nas usinas paulistas acumula uma queda de 14,6% desde 29 de setembro. No entanto, nas duas últimas semanas, houve um aumento de 1,2% no preço do etanol anidro, chegando a R$ 2,12 por litro na semana passada.
A pesquisa da ANP, tradicionalmente divulgada às sextas-feiras, foi adiada para o dia 8 de janeiro devido ao feriado de 1º de janeiro. A queda no preço médio da gasolina, embora pequena, representa uma mudança positiva para os consumidores, que têm enfrentado preços elevados nos combustíveis nos últimos meses. A expectativa é de que os preços continuem a se ajustar de acordo com as condições de mercado e a política de preços da Petrobras, influenciando diretamente o bolso dos consumidores. A queda no preço do etanol anidro, por outro lado, ainda é um fator que contribui para a estabilidade dos preços da gasolina, e continuará a ser acompanhado de perto nos próximos levantamentos de preços.