Essa é apenas mais uma fase da reoneração do diesel, que terá seu término em janeiro de 2024, quando o preço do combustível terá um aumento de R$ 0,22 por litro. Com isso, a alíquota do PIS/Cofins voltará a ser integral, de R$ 0,35 por litro. Vale ressaltar que os impostos federais sobre a gasolina já foram totalmente restabelecidos em junho deste ano.
No momento da venda do combustível pelas refinarias às distribuidoras é que ocorre o primeiro aumento do imposto. Em seguida, as distribuidoras repassam esses valores para os postos de combustíveis. Por isso, especialistas afirmam que os novos valores já devem chegar às bombas nos próximos dias, o que irá impactar diretamente o bolso dos consumidores.
É importante destacar que os impostos PIS e Cofins do diesel e da gasolina estavam zerados desde 2022, quando o governo de Jair Bolsonaro adotou essa medida para tentar amenizar o impacto da alta do preço do petróleo na inflação durante a campanha eleitoral. No entanto, quando assumiu a presidência, em janeiro deste ano, o presidente Lula prorrogou a isenção dos combustíveis. Agora, é chegada a hora desses impostos retornarem gradativamente.
A volta da reoneração dos combustíveis ocorre em um momento em que o preço do petróleo está em alta no mercado internacional, ultrapassando os US$ 92. Nos postos, o preço do diesel não apresenta queda desde o fim de julho no Brasil, o que indica a possibilidade de uma revisão por parte da Petrobras, mesmo que a estatal tenha abandonado a paridade com as cotações internacionais. Na última semana, o preço do diesel nos postos se manteve estável, em R$ 6,10.
Desde maio, a Petrobras adotou uma nova política de preços, abandonando a política de paridade de importação. Agora, a estatal leva em consideração os custos internos de produção, os preços dos concorrentes no mercado interno e as parcelas de combustíveis produzidas no Brasil ou importadas.
Com esse novo aumento, espera-se que o preço do diesel continue em alta nos próximos meses, impactando diretamente no bolso dos consumidores e aumentando os custos do transporte de mercadorias. Resta aguardar e acompanhar de perto como esses aumentos irão afetar a economia do país e o dia a dia da população.