Português retido pela Polícia Federal em Guarulhos participará de audiência pública na CSP para relatar sua versão dos fatos.


O jornalista português Sérgio Miguel de Gomes Tavares, que foi retido pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, terá a oportunidade de contar sua versão dos fatos durante uma audiência pública da Comissão de Segurança Pública (CSP). A reunião está agendada para terça-feira (23), às 11h.

O senador Eduardo Girão, do Novo-CE, solicitou a audiência, argumentando que Tavares, um jornalista, foi retido pela PF no dia 25 de fevereiro, quando desembarcava no aeroporto para cobrir as manifestações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista. Segundo Girão, o português ficou retido por quatro horas sem justificativa plausível, sendo posteriormente liberado para entrar no Brasil. A PF alegou na ocasião que Tavares não apresentou visto de trabalho, o que o fez desistir de seguir viagem para Brasília, onde participaria de uma audiência pública no Senado.

Durante a retenção, Tavares foi questionado sobre suas opiniões político-partidárias e ideológicas, além de ser confrontado sobre declarações que havia feito a respeito dos ataques às sedes dos três Poderes em janeiro. Para Girão, a ação da PF violou o direito à liberdade de expressão e manifestação de pensamento, garantido pela Constituição.

Em março, a comissão já havia ouvido o diretor de Polícia Administrativa da Polícia Federal, que negou motivação política para a retenção de Tavares. No entanto, Girão ainda tem dúvidas sobre os motivos da decisão.

A audiência pública será interativa, permitindo que os cidadãos enviem perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado ou pelo Portal e-Cidadania. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como atividade complementar universitária. O Portal e-Cidadania também recebe opiniões dos cidadãos sobre projetos em tramitação no Senado e sugestões para novas leis.

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